sexta-feira, 20 de agosto de 2021

CANAL DA BETINHA


Hoje foi a estreia do meu canal no Youtube - Canal da Betinha -
Apareçam por lá, curtam e compartilhem se gostarem dos vídeos. Agradeço
a todos que já se inscreveram e deixaram comentários carinhosos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Ansiedade


 

          Quem já não se deparou alguma vez na vida com um amigo ou conhecido que sofre de ansiedade? Muitas vezes se trata de alguém de quem gostamos muito e somos todos ouvidos quando ele começa a nos contar os seus problemas, atropelando as palavras e ignorando o espaço entre uma respiração e outra na pressa de nos desabafar as suas lamentações. Geralmente nos sentimos diante de um verdadeiro monólogo teatral onde nos cabe tão somente a tarefa de ouvir e ouvir sem poder interagir com a peça que nos está sendo apresentada. O ansioso não se dá conta da intensidade da própria fala e não deixa brecha para ser interrompido. É o tipo de pessoa que, quando nos faz uma pergunta, não nos dá tempo de respondê-la e solta mais três ou quatro questões semelhante a uma rajada de metralhadora desgovernada sobre assuntos totalmente diferentes. É inteligente e sensível ao desnudar os sentimentos mais profundos do seu âmago, revelando-nos a alma transparente e sincera que confia em nossa amizade e respeito. O ansioso não se abre com qualquer um. Por isso mesmo, quando ele nos escolhe para ouvi-lo é porque nos considera ouvintes especiais que o compreendem e estão dispostos a apoiá-lo nas mais diversas circunstâncias. Ele sabe que o ouviremos do início ao fim, prestando atenção em todos os detalhes narrados e sem nenhuma sombra de interrupção. O ansioso não gosta de ser interrompido porque fica tão agitado durante a sua explanação que teme perder o fio da meada de sua narrativa. Portanto, quando ele começa a falar não tem hora para silenciar. E ele tem uma destreza exímia para emendar um assunto no outro que chega a ser até perturbador observar calado essa sua gigantesca habilidade de oratória.

          Quando presente, o ansioso exige que o nosso olhar não se distraia com o que está ao nosso redor mas sim que acompanhemos cada gesto seu, cada alteração na voz e nas sobrancelhas, cada franzir da sua testa e que os nossos olhos fiquem fixos nos seus e de preferência, sem piscar. O ansioso, quando nos telefona, não gosta que deixemos o celular no viva voz enquanto realizamos pequenas tarefas domésticas porque acha que podemos, entre um cômodo e outro da casa, deixar de ouvi-lo como ele realmente gostaria de ser ouvido e compreendido. Não raras vezes, ele chega a gaguejar tamanha a ansiedade que sente ao nos contar certos acontecimentos do seu dia-a-dia. Ele perde a noção do tempo e do espaço e pode passar horas e horas conversando sobre um único tema que o aflige. É lógico que a sua pressão arterial está sempre alterada porque as suas emoções se mantêm à flor da pele, o que o impedem, na maioria das vezes, de ter um sono tranquilo e uma vida saudável. O ansioso, quando se fecha em si mesmo, contrariando a própria natureza comunicativa, desenvolve sérios distúrbios alimentares que o fazem assaltar a geladeira nos horários mais inusitados, não por fome mas porque o seu nervosismo o leva a buscar uma válvula de escape para a sua tempestade interior. O ansioso tem necessidade de colocar para fora tudo o que sente sob pena de explodir contra tudo e contra todos. O ansioso não tem paciência de nos ouvir muito embora aprecie a paciência que temos ao escutá-lo. Quando abrimos a boca para falar algo, ele faz o mesmo do outro lado da linha. Falamos ao mesmo tempo sobre coisas bem diferentes. E é bem difícil que ele nos ceda a palavra. Quando conseguimos, marcamos um gol.

          A ansiedade é a doença da alma que transborda em gritos silenciosos em busca da paz. Ela é o resultado de um somatório de experiências negativas, frustrações, perdas, abusos, violência física ou psicológica que acompanha o ser humano e o reveste de insegurança, impedindo-o de ser quem realmente é. O ansioso geralmente é como uma árvore podada ao extremo que não pôde mostrar ao mundo a beleza dos seus frutos; é a criança que foi impedida de viver uma infância segura e feliz; é a pessoa que não teve a oportunidade de sonhar nem de realizar os seus sonhos mais corriqueiros; é o ser humano mais próximo da humanidade existente em nosso mundo porque capta as vibrações coletivas, trabalha as sensações em sua mente, identifica os sentimentos em seu coração e extravasa o resultado de tudo isso na forma de viver a própria vida, quer seja falando muito, chorando muito ou sofrendo calado. Portanto, se temos algum amigo querido que sofre de ansiedade, sejamos o ombro que o ampara, o ouvido que o escuta e o coração que o medica de amor porque, ao nos procurar, nos torna dignos da sua amizade e de algum propósito oculto do Criador.

                                               Elisabeth Souza Ferreira

         

 

 

         

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

domingo, 31 de janeiro de 2021

AVERSÃO E AMIZADE


           A pessoa que mais nos irrita é a que mais se nos assemelha, porque funciona como um espelho. Reflete tudo o que somos e o que, inconscientemente, queremos eliminar da nossa vida. Mas, o objeto da nossa aversão nunca nos é colocado, por acaso, a nossa frente. 

          Quando gostamos de alguém, sentimos que a outra pessoa nos completa - que tem tudo de bom para nos oferecer - encaixamo-nos perfeitamente a ela como se fôssemos peças de um mesmo quebra-cabeça. E, é aí que nos enganamos, achando que somos iguais. Mas, na verdade, somos bem diferentes, porque o que falta lá, excede aqui e o que excede nela, falta em nós. Por isso, temos a satisfação de ficarmos juntos. Estas pessoas nos fazem bem. Massegeiam o nosso ego o tempo todo, porém não nos tornam melhores do que somos.  No entanto, as pessoas que detestamos, pelo fato de terem muitos aspectos da personalidade semelhantes aos nossos, parecem nos fazer mal, causando-nos desconforto - até o simples olhar delas nos incomoda; a presença delas é um estorvo - parecem não ter nada para nos acrescentar à vida e não têm nada mesmo além do que já temos. Elas apenas refletem o que somos - são elas que se parecem conosco - o que tem do outro lado também tem aqui deste lado. E isso nos irrita. É o mesmo que nos observar no espelho pela manhã: os cabelos despenteados, os olhos inchados - isso nos incomoda. Contudo, é assim que somos.  Os nossos "inimigos" nos fazem ver como realmente somos e não como gostaríamos de ser. Passamos a odiá-los, entretanto, estamos sentindo repulsa pelos aspectos negativos que temos. Quando damos as costas para essas pessoas, estamos perdendo uma valiosa oportunidade de crescimento. Se os encontros são esporádicos é o mesmo que observarmos a nossa imagem refletida nas vitrines por onde passamos, muitas vezes sem prestarmos a devida atenção. Estamos apenas dando uma olhadela no que não gostamos.  O que temos em nosso coração nos está sendo mostrado como um trailer de filme.

          Se tivermos que conviver com alguém de quem não gostamos, não só precisaremos saber o que precisa ser corrigido em nós mas também deveremos aprender a nos corrigir. Somente essa pessoa poderá nos ensinar - ela nos mostrará como realmente somos. Não aprenderemos a lição se nos afastarmos dela.  Não será com agressões que a eliminaremos da nossa mente. Ela até poderá ir embora para muito longe, deixando assim de cumprir o seu papel de nos ensinar  a aprender conosco. Porque essa lição é mútua. Não somos apenas nós que devemos aprender, mas ela também, porque nós temos algo para ensinar-lhe. Quando temos conexões cármicas, o carma só se elimina ficando junto. Quanto maior for a antipatia, mais coisas temos a aprender com quem antipatizamos.

          Poderemos ter a certeza de que estamos aprendendo a nos corrigir, quando começamos a ver que o outro não é tão ruim quanto os nossos sentidos nos faziam perceber anteriormente, quando perdermos a vontade de falar mal dele, quando não desejamos mais vê-lo pelas costas. O importante é ver que esse alguém que detestamos é igual a nós, por mais que não identifiquemos de imediato as semelhanças e que, como nós, também tem direito de seguir em frente, aprendendo sempre mais com os prazeres e os dissabores que cada nova existência tem para nos apresentar.

                        Elisabeth Souza Ferreira

(Texto publicado na Revista Água da Fonte (Academia Passo-Fundense de Letras) em 

ORAÇÃO DO GAITEIRO

 

Patrão do Céu, abençoa este gaiteiro que Te chama

Através do dedilhar desta velha gaita que geme e suspira

Inspirado no minuano que sopra com a força de quem mais ama

Transformando em prece a melodia doce que cria.

 

 

Patrão do Céu, abençoa este gaiteiro jovem que se esforça para aprender

No balanço agitado que insinua um falso conhecer

Das notas benditas que toca com a emoção que faz bater o pé

De um lado para o outro, se entesa e se inclina

Enquanto que a todos, aos poucos, encanta e fascina!

 

 

Patrão do Céu, abençoa este velho gaiteiro que já cansado pelas lides campeiras

Mal consegue segurar o próprio acordeão.

Com os dedos calejados e as costas curvadas para a frente

Nas tuas mãos entrega, com a consciência tranquila,

Embrulhado num fino lenço,

O próprio coração!

 

 

Patrão do Céu, abençoa toda a nossa gente, a nossa querência amada

Estes peões e prendas espalhados por esta terra abençoada

Para que a tradição gaúcha nunca deixe de existir, nem agora nem num distante porvir

E que a gaita seja sempre a nossa oração

O canto de louvor a Ti, Patrão do Céu,


Nosso modelo eterno de paz e gratidão!

         ELISABETH SOUZA FERREIRA

                                                

                                           

SIMPLESMENTE MARCELO



      Sempre gostei de programas policiais que retratam a realidade dos fatos no nosso país, mostrando o que acontece nos bastidores das grandes e pequenas cidades  e que nem sempre a gente fica sabendo por falta de acesso a esse tipo de informação. Muita gente julga que isso não passa de um sensacionalismo barato que visa por meios estratégicos fazer o papel de maus formadores de opinião. Por diversas vezes ouvi comentários negativos a minha postura não só por me revelar uma telespectadora assídua bem como uma grande defensora de tais programas. Certas pessoas que se consideram muito letradas podem conhecer o mundo inteiro através da leitura de centenas de trabalhos acadêmicos mas passariam vergonha se questionados quanto  aos fatos que ocorrem na esquina mais próxima da sua própria casa. Na minha maneira de pensar, eu não tenho necessidade de saber tudo o que ocorre do outro lado do continente mas tenho a obrigação de conhecer tudo o que está acontecendo ao meu redor sob pena de me tornar uma criatura alienada e inútil.

      Acho que esses programas não se concentram apenas nas distantes manchetes do que está havendo em nosso país  mas aproximam e aprofundam a realidade tortuosa que até pouco tempo desconhecíamos.

       Num determinado momento, mudando de canal, encontrei um desses programas na Record onde o Marcelo Rezende era o apresentador. Fiquei assistindo atentamente até o final e, desde então, migrei da emissora que eu assistia anteriormente para essa nova que me cativou por sua simplicidade e objetividade. Tornei-me sua fã e nunca mais o perdi de vista. Não só para mim mas para todos os seus fãs, ele não era um apresentador distante e frio mas era como se fosse um vizinho querido que vinha nos visitar diariamente no mesmo horário e com a mesma simpatia e cordialidade de sempre para nos contar as novidades. Fazia graça na hora da brincadeira para nos descontrair e nos arrancar sorrisos. E sabia também falar sério nas horas mais difíceis e dramáticas do nosso cotidiano, acordando-nos para a vida real. Tratava a sua equipe jornalística como se fosse parte da sua família. E nos incluía nesse processo.  E assim foram passando os anos. Eu e seus outros fãs acompanhávamos o seu trabalho e nos sentíamos íntimos. Eu tive a honra e a felicidade de chegar bem próximo dele quando do lançamento de sua obra “Corta para mim” numa das tantas capitais por onde ele passou. Pude observar seus poucos cabelos e bem branquinhos, sua alta estatura e seu corpo avantajado de terno apesar do calor. O seu avião havia se atrasado e muita gente o aguardava ansiosa por um autógrafo e uma foto. Muitos seguranças o protegeram da multidão que se empurrava para vê-lo. Senhoras bem idosas e crianças com necessidades especiais tiveram a preferência no atendimento. Todos queriam abraçá-lo. Todos queriam tocá-lo ou, pelo menos, chegar o mais perto possível. Pude ver o seu jeito simples de atender o seu público. Sempre com um sorriso nos lábios, um olhar puro e um abraço carinhoso. Parecia que conhecia todo mundo que lá estava. Gente de todas as idades. Sua gente. Amigos que ele fez através da tela da televisão. Fãs que o amavam e o respeitavam como o maior contador de histórias da vida real. Meu ídolo. Nosso ídolo.

       Com imensa tristeza, há uns três meses e meio recebemos a triste notícia de sua enfermidade. E uma doença avassaladora. Incurável. Pegou a todos desprevenidos. Foi um grande choque. Mas Deus é sábio e deu ao seu público a oportunidade de se preparar para o que viria a seguir.  Ele não esmoreceu. Mesmo sofrendo dores e desconfortos, seguiu firme em seu propósito de vencer essa doença com sua imensa fé, apesar de ter dito que não tinha medo da morte e iria enfrentá-la com coragem caso a sua hora chegasse. Ele também teve tempo de se preparar com orações, leituras da Bíblia e tratamento de saúde. Largou a quimioterapia num determinado dia e foi muito criticado por isso. Mas só quem passa por uma doença dessas é que pode avaliar a sua atitude. No fundo, ele sabia que não sobreviveria. Sabia que seu tempo nesse mundo estava acabando e quis chegar na reta final lúcido e fazendo tudo o que queria. E sua alma iluminada se elevou. Partiu e nos deixou a todos órfãos. Mas deixou uma sementinha dentro do coração de cada um dos seus fãs e familiares, amigos e colegas para que não o esqueçamos. Nosso amor e respeito por ele é maior que tudo. Seguiremos a nossa jornada por aqui, lembrando-nos sempre da sua simplicidade e bondade para com todos, de todas as suas qualidades que o tornaram o maior e mais querido jornalista de todos os tempos.

       Vá em paz, amigo querido! Leva o amor de todos os brasileiros em teu coração. O Brasil não vai te esquecer. Esta é a nossa promessa.

 

                                                       Elisabeth Souza Ferreira

MUDANÇA DE PLANOS

         

          Quem se preparou para a chegada do novo ano com mil sonhos na cabeça, projetos e contas devidamente estudadas e colocadas na ponta do lápis, sequer imaginava que este seria um ano atípico, fora dos tradicionais padrões de todo e qualquer planejamento individual ou familiar. Ouviu-se as primeiras notícias a respeito de um vírus que estava matando algumas pessoas na China mas não parecia algo tão relevante assim a ponto de causar maiores preocupações ao resto do mundo, uma vez que volta e meia aparecem doenças aqui e acolá facilmente contornadas com o uso de medicamentos específicos para cada caso. O que não se esperava é que o contágio fosse tão rápido de pessoa para pessoa e que o número de mortos triplicasse em tão pouco tempo, ganhando terreno em outros países como a Coréia e o Irã. E, de repente, se estendesse à Itália de maneira absurda, quase impossível de controlar. E, assim foi se disseminando pelos continentes atingindo países como a Espanha, a França, a Alemanha, os Estados Unidos, Brasil, Moçambique e por aí afora... Generalizou-se de tal modo e rapidamente que a ficha parece ter caído para a maioria das pessoas nos últimos dias e para os mais atentos, nas últimas semanas, causando pânico e correria desenfreada aos supermercados e farmácias para se abastecerem de mantimentos não perecíveis, sob o temor de que o pior aconteça. E, de fato, já está acontecendo... Em torno de 12 mil seres humanos já pereceram, em questão de dois ou três meses desse mal que se alastra vertiginosamente sobre a Terra. A China, ao que tudo indica, parece já ter começado a apresentar um certo tipo de controle sobre o vírus, tomando medidas drásticas que estão sendo copiadas pelas outras nações. O covid-19 está sendo analisado às pressas pelos profissionais da saúde em busca da cura ou, de pelo menos uma vacina para proteger as pessoas mais idosas e debilitadas que fazem parte do grande grupo de risco. Até agora, os mais atingidos apresentavam, além da idade avançada, problemas relacionados a diabetes, pressão alta e doenças coronarianas. Os sintomas são de gripe com febre, coriza e dificuldade respiratória. Muito fácil de se confundir com um resfriado comum no início mas, quando feito o diagnóstico correto, os pulmões já podem estar em estado lastimável para tratamento. Esses quadros mais graves são levados imediatamente para hospitais onde são entubados, a fim de tentar reverter a situação por demais desesperadora.
          O pânico se instalou no planeta Terra. Muita gente morrendo. Fronteiras sendo fechadas em toda parte. Cidades ilhadas. Pessoas reclusas em suas casas, sem perspectiva de tão cedo, poder voltar à vida normal. E, assim recolhidas entre quatro paredes, passam a ver os seus sonhos se desfazendo à medida em que tentam entender a velocidade com que tudo está ruindo a sua volta. E, percebem que estão fazendo parte de uma guerra mundial onde nenhum país do mundo está livre de participar contra esse maldito vírus, o inimigo invisível de todas as nações.
          E, assim vão percebendo que tudo está mudando... Entes queridos em lugares onde é o foco dessa doença insana, sem poderem voltar para casa e correndo todo tipo de risco ao ficarem distantes de suas famílias. Universidades fechadas para aqueles que lutaram tanto em busca de uma bolsa de estudos a fim de se aperfeiçoarem no Exterior. Voos cancelados, aeroportos fechados, lojas impedidas de abrir, empresários desconcertados, funcionários temerosos de perder o seu ganha-pão, médicos tendo que escolher entre os pacientes aquele que deve ter maiores chances de sobrevivência porque não existem aparelhos suficientes para todos... Esta é a realidade que se está vivendo no momento. E não é algo que se conserte de um dia para o outro. Serão muitos meses de tensão até que tudo se resolva. A questão agora é a luta pela sobrevivência. Tudo o mais deixou de ser importante em meio a este caos social e econômico pelo qual passa a humanidade.
          Diante dessa pandemia, as pessoas já estão começando a perceber que, querendo ou não, terão que fazer uma mudança nos seus planos de vida para este e para os próximos anos. Muitos jogos serão transferidos, olimpíadas adiadas, eleições canceladas, enfim, a população mundial terá que se ajustar a grandes atrasos nas suas pretensas realizações futuras. O ser humano tem uma grande capacidade de adaptação e com as múltiplas e dolorosas experiências que tem vivenciado nos últimos tempos saberá, mais uma vez, superar-se a si mesmo com toda a dignidade que lhe for possível e, em se superando a si mesmo, conseguirá superar com a solidariedade e compaixão entre os povos essa inglória crise humanitária.
                                                             Elisabeth Souza Ferreira
                                                                      21/03/2020